Centro de Cultura e Memória do Jornalismo completa um ano
27.09.2011

No dia 23/9, o Centro de Cultura e Memória do Jornalismo, criado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) com patrocínio da Petrobras, e a Sala Joel Silveira completaram um ano de existência e zelo pelos capítulos que mudaram o jornalismo brasileiro.

Para marcar a data, o material coletado durante o último ano começa a ser aberto à pesquisa. O público poderá visitar a biblioteca e pesquisar os depoimentos que fazem parte do acervo do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo. O site está no ar com a transcrição de todos os depoimentos colhidos. A visitação ao local, que fica na Rua Evaristo da Veiga, 16 sala 702, terá início no dia 3 de outubro e deve ser agendada pelo telefone 21 3906-2450 ou pelo e-mail sindicato-rio@jornalistas.org.br.

A Sala Joel Silveira abriga o acervo pessoal de mais de 5 mil livros, documentos, objetos e quadros que pertenceram ao grande jornalista brasileiro que dá nome ao espaço. Falecido em 2007, o autodidata Joel Silveira publicou mais de 30 obras, entre elas clássicos do jornalismo literário como Eram Assim os Grã-Finos em São Paulo e A Milésima Segunda Noite da Avenida Paulista.

No acervo do Centro, também há relatos de profissionais como Alberto Dines. Ele comenta cenários do jornalismo brasileiro e a importância da preservação da história da imprensa. “O ser humano tem que cultivar a memória e tem uma obrigação com o seu próprio passado, ele tem que saber de onde ele vem e ele é conseqüência de quê, isso eu acho que faz a grande diferença na condição humana”, diz o ex-editor-chefe do Jornal do Brasil.

Valor da memória

Outra referência, Audálio Dantas também tem suas recordações documentadas no Centro. Ele, que era presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo quando Vladmir Herzog foi assassinado, fala sobre o ativismo político do jornalismo brasileiro. No total, são cerca de 300 horas de depoimentos de gente que é história nacional.

A memória sindical terá espaço na preservação da história com depoimentos de jornalistas que passaram pelo movimento sindical. Este núcleo está sendo produzido e deve estar disponível para pesquisa até o final do ano. “Acadêmicos e jornalistas vinham apontando um vácuo na memória sindical e, no intuito de contribuir para que este vácuo acabe, criamos este espaço”, destaca a presidente do SJPMRJ, Suzana Blass.