1977
O caso Lourenço Diaféria

Em 1977, o jornalista Lourenço Diaféria foi preso e processado, com base na Lei de Segurança Nacional, pela autoria da crônica “Herói. Morto. Nós", publicada na Folha de S.Paulo e considerada ofensiva às Forças Armadas.

O texto tratava do heroísmo de um sargento que dera sua vida ao pular num poço de ariranhas para salvar um menino que lá havia caído. Em sua defesa ao ato do sargento, em certo momento Diaféria diz:

"Prefiro esse sargento ao duque de Caxias. O duque de Caxias é um homem a cavalo reduzido a uma estátua. Aquela espada que o duque ergue ao ar aqui na praça Princesa Isabel – onde se reúnem os ciganos e as pombas do entardecer – oxidou-se no coração do povo. O povo está cansado de espadas e cavalos. O povo urina nos heróis de pedestal".
O processo durou cerca de três anos e terminou com a absolvição do cronista, que posteriormente voltou a atuar na Folha de S. Paulo.

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